O Cosmopolita #4 - Crônica

O único crime é perder

Eu estava conversando com um grande amigo durante o almoço. Ele me contava que estava em uma convenção na USP, onde as grandes mentes do país discutiam o banimento de minas terrestres e misseis cluster do Brasil.

Apesar de sustentar no cenário internacional uma aparência de “bom moço”, o Brasil é um dos países que se absteve de assinar a Convenção de Oslo, que entre todas as suas medidas, proibia a fabricação, comercialização e aquisição de misseis cluster.

A Convenção de Oslo é um dos vários acordos internacionais que legisla sobre a utilização de certos tipos de armamentos. Mesmo existindo certos dispositivos legais para limitar a utilização de certos tipos de armas e um tribunal internacional para punir países que utilizam esses tipos de armamento, é normal que países transgridam os acordo e usem e abusem de armas banidas.

Não precisamos ir muito longe para encontrar casos assim, por exemplo: Há menos de um mês, Israel foi acusado de estar utilizando fósforo branco nos seus bombardeios contra a Faixa de Gaza. Em 2016, o Azerbaijão acusou a Armênia de ter utilizado o equipamento nos conflitos na região de Nagorno-Karabakh.

Onde que eu quero chegar?

Em 1918, quando a Alemanha assina a rendição na Primeira Guerra Mundial, o país sofre uma série de sanções, entra em uma gigante crise econômica, política e até moral. O episódio é o prologo para a ascensão do partido nazista no país.

A única certeza que a história nos trouxe sobres os crimes de guerra, é que o maior deles é perder.